Fábio Garcia critica países ricos e defende remuneração por serviços ambientais no Brasil
Conteúdo/ODOC – O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União), fez críticas contundentes aos países desenvolvidos que cobram ações ambientais do Brasil, em declarações à imprensa durante a semana na Assembleia Legislativa. Segundo o deputado federal licenciado, a proteção do meio ambiente exige mais do que discurso e requer ações concretas dos países desenvolvidos.
“A gente não protege o meio ambiente com demagogia. Se os países desenvolvidos estão de fato preocupados com a preservação ambiental, precisam fazer o dever de casa lá, reflorestar um pouquinho seus países”, afirmou Garcia. Ele defendeu que, ao invés de financiar ONGs, essas nações deveriam remunerar quem está efetivamente contribuindo para a conservação ambiental.
Garcia destacou as restrições impostas aos proprietários de terras na região amazônica, que só podem explorar, no máximo, 20% de suas propriedades, quando não se trata de áreas de preservação permanente ou reservas indígenas. “Quero que citem um país no mundo onde o cidadão compra uma área e só pode explorar 20%”, desafiou.
O secretário-chefe também comparou a situação do Brasil com a de países como a Alemanha. “Visite a Alemanha. Não tem um palmo de floresta ali… Eles produzem onde dá para produzir. Aqui, no Brasil, querem que a gente preste serviço ambiental de forma gratuita e não remuneram aqueles que – inclusive – têm direito pela legislação brasileira a produzir”, criticou.
Garcia encerrou sua fala com uma defesa das leis brasileiras: “Nós temos leis no Brasil, esse país é independente e as leis precisam ser respeitadas, pelo Brasil, pelos brasileiros e pelos países internacionais.”