Círculos Coloridos na Saúde: Cejusc de Chapada dos Guimarães promove Círculo de Paz sobre Autismo

Em mais uma iniciativa voltada à inclusão e ao fortalecimento da humanização no atendimento em saúde, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Chapada dos Guimarães realizou, na sexta-feira (11 de abril), um Círculo de Paz sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A atividade ocorreu na sede da Comarca e reuniu profissionais da saúde, familiares e pessoas autistas, promovendo reflexões sobre acolhimento e acessibilidade no sistema de saúde pública.
O evento integra mais uma etapa do projeto “Círculos Coloridos na Saúde”, que busca fomentar debates sobre a humanização no atendimento e a construção de políticas públicas mais inclusivas. Além do encontro realizado em Chapada dos Guimarães, outros dois Círculos ocorrerão no dia 25 de abril nos municípios de Nova Brasilândia e Planalto da Serra, ampliando o alcance da iniciativa.
O juiz coordenador do Cejusc, Leonisio Salles de Abreu Junior, destacou a importância do encontro. “Precisamos construir uma rede de atendimento mais inclusiva e preparada para compreender as necessidades das pessoas autistas. A escuta ativa e o diálogo são ferramentas fundamentais para promover essa mudança”.
Durante o encontro, os participantes compartilharam experiências, desafios e boas práticas no atendimento a pessoas autistas. Foram discutidas estratégias para tornar os espaços públicos e as unidades de saúde mais acessíveis, como a capacitação de profissionais, a adequação dos ambientes e a adoção de protocolos de atendimento diferenciados.
Para Helenice Azevedo, mãe de João Davi, de 9 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista aos 5 anos, participar de projetos sobre o assunto é muito importante.
“Sempre muito importante interagir sobre o assunto. Esse círculo, do qual participei pela primeira vez, ouvindo experiências de outras pessoas, falas de outras, isso sempre acrescenta no convívio diário”, disse.
O juiz Leonisio Salles de Abreu Junior reforçou a necessidade de um olhar mais sensível sobre o tema: “O autismo não deve ser visto apenas como uma condição médica, mas como uma parte da diversidade humana. É fundamental que os serviços públicos estejam preparados para oferecer suporte adequado às pessoas autistas e suas famílias”.
Kely Kassia Rodrigues Vilela, mãe atípica, disse que a realização deste tipo de evento é uma forma de levar informações à sociedade.
“Eu sou mãe de autista e me sentir acolhida e pertencente, uma vez que um órgão público abre as portas para discutir o assunto, para falar a respeito, traz a perspectiva de nós podermos compreender um pouco mais sobre o autismo. Me senti também esperançosa. Se a sociedade tem mais conhecimento, ela se torna menos preconceituosa, mais compreensiva. Então é um evento extremamente importante, que precisa ser repetido, que precisa ser ampliado”, disse.
A realização dos Círculos Coloridos na Saúde reafirma o compromisso do Cejusc com a promoção da justiça restaurativa e da cidadania, fortalecendo o diálogo entre diferentes setores da sociedade para garantir um atendimento mais digno e inclusivo para todos.
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