Desembargador Rui Ramos comemora 39 anos na magistratura e relembra transformações no Judiciário

Desembargador Rui Ramos comemora 39 anos na magistratura e relembra transformações no Judiciário

“São 39 anos totalmente doados à Justiça. Não por vaidade, mas pelo prazer profundo de servir”. Assim o desembargador Rui Ramos Ribeiro define seus 39 anos de magistratura, celebrados no último dia 04 de dezembro.

Revisitando as quase quatro décadas de carreira, o magistrado descreve uma evolução que vai muito além da tecnologia. “Acompanhei a Justiça sair da máquina de datilografia e do papel para o processo digital. O que temos hoje com o PJe era inimaginável no início”, relembra. Mas a modernização trouxe também novos desafios: aumento expressivo do volume de processos, maior complexidade das demandas e a necessidade crescente de preparação das equipes. “As resoluções exigem muito mais estudo, muito mais dedicação. A Justiça evoluiu e nós evoluímos com ela”, ressalta.

Ao relembrar sua trajetória, o desembargador fala com serenidade, emoção e humildade sobre o caminho percorrido.“A Justiça cresceu, se modernizou e se tornou mais complexa, e nós crescemos junto com ela”, destaca.

Para ele, a evolução não foi apenas tecnológica. O magistrado reconhece o aumento expressivo no número de processos e no nível de complexidade das demandas, o que exigiu preparo constante de juízes, assessores e servidores. “As resoluções exigem muito mais estudo e dedicação. É um Judiciário que se reinventa todos os dias”, comenta.

Com passagens por diversas comarcas do interior e da capital, Rui Ramos lembra que o trabalho sempre foi guiado por um propósito: buscar aquilo que é “mais adequado, mais equitativo e mais justo”. Atuou como juiz, foi promovido a desembargador, presidiu o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), foi vice-presidente e corregedor eleitoral e representou Mato Grosso na Corregedoria Nacional de Justiça, onde trabalhou ao lado da ministra Nancy Andrighi entre 2014 e 2016, coordenando a região Centro-Oeste. A experiência lhe proporcionou uma visão profunda do funcionamento do Judiciário em todo o país.

“Aprendi muito sobre o Brasil, sobre as nossas realidades e sobre a força de quem faz a Justiça acontecer. Tive oportunidades que me ampliaram, mas tudo sempre com um único objetivo: colaborar com um sistema que garante segurança jurídica e acesso aos direitos”, explica.

Compromisso

Rui Ramos faz questão de reforçar que a dedicação de quase quatro décadas não encontra espaço para vaidade e reconhece o esforço de todos que construíram a Justiça de Mato Grosso. “Aqui já teve muito sangue dado, não de hemorragia, mas de esforço, de entrega. Juízes, servidores e também suas famílias sempre colocaram a instituição em primeiro lugar”, afirma.

Sobre o ponto alto de sua carreira, o desembargador não fala de cargos, decisões ou reconhecimentos e prefere olhar para as pessoas. “O que mais me orgulha é chegar nas comarcas onde trabalhei e ser recebido de braços abertos. Isso vale mais do que qualquer título. É sinal de que conseguimos colaborar, de alguma forma, para melhorar a vida das pessoas”, avalia.

O magistrado destaca apenas um sentimento: gratidão. “Passei 39 anos, e continuo passando, totalmente doado a esse trabalho. Não por orgulho, porque isso não tem lugar em mim, mas pelo prazer de servir. A Justiça é uma forma de governar cidades e estados, porque oferece às pessoas o que elas mais precisam: segurança jurídica, respostas e acolhimento”, reflete Rui Ramos.

Carreira

Nascido na cidade de Bauru (SP), graduou-se na Faculdade de Direito de Bauru – Instituto Toledo de Ensino, em 1982. Passou a fazer parte da magistratura de Mato Grosso como juiz de Direito em 4 de dezembro de 1986, quando iniciou a carreira na Comarca de Rosário Oeste (128 km ao norte de Cuiabá). Passou ainda pelas comarcas de Pontes e Lacerda, Diamantino e Cáceres, até ser promovido à Capital em 1993.

Atuou como juiz da Vara Especializada da Justiça Militar, 6ª Vara Criminal, diretor do Fórum Criminal, juiz convocado para compor Câmaras Criminais Isoladas, Reunidas e Tribunal Pleno, juiz auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça e juiz substituto de Segundo Grau. Por merecimento, em 16 de dezembro de 2004 foi promovido a desembargador do TJMT, onde foi presidente no biênio 2017–2018. Foi ainda diretor e vice-diretor da Esmagis. Também já assumiu a presidência do Tribunal Regional Eleitoral.

Foi nomeado pela Corregedoria Nacional de Justiça como coordenador regional da região Centro-Oeste e Estado de Minas Gerais entre os anos de 2014 e 2015, e atuou como desembargador auxiliar da Corregedoria Nacional da Justiça no período de dezembro de 2015 a julho de 2016, por nomeação da ministra Nancy Andrighi.

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