Famílias são valorizadas com ações educativas, lúdicas e de embelezamento na Justiça Sem Fronteiras

Famílias são valorizadas com ações educativas, lúdicas e de embelezamento na Justiça Sem Fronteiras

Além de serviços essenciais, como a emissão de documentos, concessão de benefícios sociais, consultas médica e odontológica, por exemplo, a Expedição Justiça Sem Fronteiras, do Poder Judiciário de Mato Grosso, também traz para as comunidades fronteiriças de Cáceres, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade ações educativas, lúdicas e até de embelezamento, dentre as quais se destacam aquelas voltadas ao público infantojuvenil.

As irmãs Emilli, 9; Yasmin, 7; e Maria Alice, 4, se esbaldaram em todas as atividades disponíveis, ao longo do mutirão, que durante os dias 4 e 5 de julho esteve no distrito de Vila Picada, Porto Esperidião. “Eu brinquei na torre, no campo de bola, fui nas cobras e pintei. Achei tudo legal. Nunca teve isso aqui na escola. Foi muito divertido!”, disse Emilli. A avó das meninas, a cozinheira Ivânia da Silva Ribeiro, trabalhou na Expedição e aprovou os serviços. “Eu estava na cozinha e eles cuidaram das crianças pra gente. Foi muito bom! Elas fizeram bastante tarefinha, ganharam presente. Foi muito bom!”

Dandercléia de Oliveira Cardoso, diretora da Escola Municipal Dona Lila Hill de Souza, onde ocorreram os serviços da Justiça Sem Fronteiras, ficou impactada ao ver seus alunos sendo beneficiados. “Foi uma alegria muito imensa com relação aos jogos educativos que eles trouxeram, toda essa logística educativa que teve no pensar em atender não só os adultos, mas também as crianças”, elogiou.

Confira os serviços de Educação, Esporte, Lazer e Beleza oferecidos na Expedição Justiça Sem Fronteiras:

Educação ambiental (Juvam) – O palhaço Lelé Picolé Curimpampam, do Juizado Volante Ambiental (Juvam), animou a garotada por meio de atividades recreativas e lúdicas, promovendo a educação ambiental. “O nosso objetivo é divulgar para as crianças um pouco sobre a sensibilização ambiental porque o processo de educação é um processo longo e o processo de sensibilizar é um processo prático e rápido. Então, a gente planta uma sementinha com as crianças para que elas possam aprender sobre o meio ambiente. Nós utilizamos o personagem Lelé Picolé Curimpampam para ter maior acesso às crianças, pois é um personagem lúdico que as crianças gostam bastante”, afirma o palhaço Lelé.

Educação ambiental (Polícia Ambiental) – A 5ª Companhia Independente de Polícia Militar de Proteção Ambiental, de Tangará da Serra, representada pelos segundo sargento R. Rodrigues e pelo terceiro sargento Martins, levaram conscientização ambiental em relação aos animais selvagens. “A ideia é trazer alguns animais taxidermizados, que a gente encontrou mortos, vítimas de crimes ambientais, para conscientizar as crianças de que a gente não precisa matar o animal. Se eu vejo um animal selvagem, mantenho distância. No caso das crianças, chamar o pai e a mãe. Também trouxemos as serpentes vivas para mostrar que todo animal é útil na natureza. Inclusive a serpente, que é uma controladora natural de outros tipos de animais, como roedores e aracnídeos”, afirma R. Rodrigues.

Incentivo à leitura – A Biblioteca Itinerante Estevão de Mendonça, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), proporcionou ao público doação de livros infantis, juvenis e adultos, de vários gêneros, de autores mato-grossenses contemplados nos editais da Secretaria. Além disso, realizou atividades lítero-pedagógicas envolvendo literatura, cantigas populares, desenho e pinturas faciais.

Promoção ao esporte –  Esportes olímpicos e paralímpicos tiveram seu destaque entre crianças e adolescentes, que aprenderam fundamentos de xadrez, tiveram contato com o basquete e o tênis de mesa em cadeira de rodas. Além disso, a Secel-MT tem doado artigos esportivos para todas as escolas que estão recebendo a Expedição Justiça Sem Fronteiras, como forma de incentivar a realização de jogos interclasses. Os kits são compostos por coletes, bolas de futebol, de futsal e de handball, escada de treinamento, redes de futsal e de handball para quadra poliesportiva e também medalhas.

Jogos de ciência e inovação – Por meio do projeto MT Ciências, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) realiza a divulgação científica através das oficinas de foguete de papel e do disco de Newton e também dos óculos de realidade virtual. Com os óculos, os participantes simulam que estão em uma montanha-russa e passam a conhecer outros potenciais de uso do objeto. “O que está por trás do uso desse óculos de realidade virtual é que eles são o futuro do trabalho, em uma série de processos de automação”, afirma Benoni Lopes, assistente de coordenação do projeto MT Ciências.

Já as oficinas de foguete de papel e do disco de Newton ensinam lições de Física. “Montando seu próprio foguete e, depois, com uma disputa para ver qual vai mais longe, as crianças aprendem um pouquinho de Física. E a oficina do disco de Newton mostra que a cor branca contém todas as cores juntas e as crianças aprendem isso na prática. Eles pintam um disco e depois giram esse disco, que fica branco”, explica Benoni.

Para ele, participar do Justiça Sem Fronteiras tem sido muito interessante. “A gente percebe uma carência, mas, ao mesmo tempo, eu gosto de ver como as crianças são inteligentes, elas aprendem muito rápido, elas são muito curiosas. E isso é ótimo! Porque a curiosidade é o motor da ciência”.

Educação para o trânsito – Pinturas, bingo didático com temática de trânsito, músicas, mini palestras sobre como se comportar no trânsito são atividades oferecidas pela Coordenação de Ações Educativas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) às crianças. Mas não só elas são beneficiadas. “Nós também estamos indo nas filas e dando uma mini palestra para os adultos com o circuito simulador de óculos de embriaguez e tirando dúvidas. É uma forma lúdica para a gente conscientizar as pessoas, atingir crianças e adultos de uma forma que eles entendam, mesmo na brincadeira, a seriedade do assunto”, afirma Henry Ferreira, agente do serviço de trânsito.

Ele destaca ainda que a parceria com a Expedição Justiça Sem Fronteiras é “uma ótima oportunidade de levar educação para o trânsito para essas localidades que são muito distantes, que talvez nós não conseguiríamos atingir, porque trânsito tem em todo lugar”.

Canil do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) – O Gefron marca presença com os policiais e os cães Soldado e Alfa, da raça pastor belga malinois, que encantam a criançada. “O canil é um suporte que o Gefron tem para trabalhar nas diversas atividades e instituições de Segurança Pública. E quando tem esses projetos sociais, a gente tem alguns cães que conseguimos adaptar junto às atividades lúdicas junto às crianças, que são os cães mais dóceis”, afirma o Sargento Jaconias.

Para ele, a parceria com a Expedição Justiça Sem Fronteiras é mais uma forma que o Gefron tem de se aproximar da comunidade fronteiriça. “A gente tem o nosso projeto social, que é o ‘Gefron em Minha Comunidade’, com atividades em todos os municípios que fazem faixa de fronteira do estado de Mato Grosso com a Bolívia. A gente comparece nas escolas, faz atividades lúdicas e recreativas, leva os cães para fazer uma diferença para as comunidades que estão bem distantes dos grandes centros. Então é uma coisa que marca na vida das crianças”.

Corpo de Bombeiros – A criançada se diverte com as atividades proporcionadas pelas 2ª e 8ª Companhias Independentes de Bombeiro Militar, como futebol e escalada. “É um momento de lazer em que eles têm a oportunidade de estar iniciando o que a gente faz com nosso projeto Bombeiro do Futuro. Enquanto os pais estão sendo atendidos, as crianças estão nesse momento recreativo”, afirma o sargento Santos Silva.

Instituto Galvan – Parceira da Justiça Comunitária há mais de 10 anos, Débora Galvan, presidente do Instituto Galvan, afirma que o trabalho 100% voluntário de corte de cabelo, penteados e design de sobrancelhas é uma forma de chamar a atenção para outro grande objetivo da instituição, que é desenvolver o potencial econômico das pessoas.

“A gente valoriza não só a autoestima, mas também o empoderamento das comunidades. Não adianta a gente vir aqui com um projeto uma vez por ano, trazer design de sobrancelha, trazer um corte legal e, depois, eles ficarem sem. Então, o intuito é trazer o atrativo com os cortes, com o design de sobrancelha. Aqui a gente conversa, vê quais são as necessidades e as possibilidades de parcerias com as prefeituras e, depois, a gente volta com os cursos gratuitos de barbeiro, de design de sobrancelhas, e deixa profissionais”, explica Débora Galvan.

A funcionária pública, Benedita Poiche Ferreira, cortou o cabelo, fez um penteado com tranças e ainda fez sobrancelha de henna com os profissionais presentes na Expedição Justiça Sem Fronteiras. “Fui muito bem atendida. Ela tem uma satisfação enorme em atender todos os clientes. Para mim, a palavra que eu tenho é gratidão”.

mananotiniasmt

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