Juíza mobiliza Executivo para implantar serviço de acolhimento Família Acolhedora em Cuiabá

A juíza titular da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo Santos, articulou junto ao Poder Executivo a criação do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora. O programa tem como objetivo oferecer um ambiente seguro e acolhedor para crianças e adolescentes que precisam ser afastados de seus lares. A Prefeitura de Cuiabá comprometeu-se a enviar à Câmara Municipal um projeto de lei para viabilizar o programa, que permitirá que essas crianças sejam cuidadas por famílias acolhedoras enquanto aguardam o retorno à família de origem ou, em casos específicos, encaminhamento para adoção.
Esse compromisso foi firmado na sexta-feira (28 de março), durante uma reunião com o prefeito Abílio Brunini. A juíza estava acompanhada do procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado e explicou que o modelo de acolhimento em família acolhedora não substitui as oito casas-lares já existentes na capital, mas atuará de forma complementar, oferecendo uma alternativa mais humanizada.
“A ideia inicial é atender cerca de 30 crianças ou adolescentes. Aos poucos, vamos complementar o modelo atual de casas-lares com o formato de famílias acolhedoras. Isso trará economia para o município e, mais importante, um atendimento mais qualificado. Nas casas-lares, há espaço para até 12 crianças por unidade, mas atualmente temos cerca de 20 em cada uma. Com a família acolhedora, cada criança será recebida como parte de uma família, o que reduz os impactos psicológicos e promove um desenvolvimento mais saudável”, destacou a magistrada.
O prefeito Abílio Brunini afirmou que o objetivo é aprovar o projeto na Câmara Municipal em até 30 dias e iniciar a implementação. “É um projeto maravilhoso, que dará acolhimento às crianças em situação de vulnerabilidade, proporcionando carinho e suporte em um ambiente familiar, fundamental para o desenvolvimento delas”, declarou o prefeito.
O procurador Paulo Prado ressaltou que, após a aprovação do projeto de lei, o principal desafio será sensibilizar a população e atrair famílias dispostas a participar do programa. “As famílias interessadas passarão por entrevistas e serão acompanhadas pelo Poder Judiciário, Ministério Público e pela equipe social da Prefeitura. Hoje foi uma reunião histórica, que nos dá esperança de que as crianças de Cuiabá terão acesso a um acolhimento mais digno e afetuoso”, afirmou o procurador.
A reunião também contou com a participação da promotora Daniele Crema da Rocha de Souza, do procurador do município Luiz Antônio Araújo Júnior e da vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Vânia Garcia Rosa.
Programa Família Acolhedora
O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, conhecido como “Programa Família Acolhedora”, é uma iniciativa que permite que famílias acolham temporariamente crianças e adolescentes afastados de seus lares de origem. Esse acolhimento tem caráter provisório e não prevê guarda definitiva ou adoção, sendo proibido que as famílias acolhedoras adotem a criança que acolheram.
As famílias participantes passam por um rigoroso processo de seleção e recebem acompanhamento técnico, além de orientação e suporte, para garantir que as crianças tenham a melhor assistência possível durante o período de acolhimento.
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