Ministério exige uso de receita de concessões para preparar infraestruturas em eventos extremos

Ministério exige uso de receita de concessões para preparar infraestruturas em eventos extremos

No contexto do aumento dos eventos climáticos extremos em todo o Brasil, o Ministério dos Transportes está buscando maneiras de adaptar as infraestruturas nacionais às mudanças climáticas. No entanto, o principal obstáculo para a implementação desse plano é o aperto orçamentário do setor público.

Uma das soluções em discussão interna é a elaboração de uma portaria, que será publicada nos próximos dias, para regulamentar a destinação de pelo menos 1% das receitas provenientes de concessões rodoviárias para a resiliência das infraestruturas e outras questões relacionadas às mudanças climáticas.

Essa portaria visa estabelecer uma política pública que foi estabelecida por meio de um ofício. A regra se aplicará tanto às concessões futuras quanto às renegociações contratuais conduzidas pelo Ministério. A política também prevê que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estabeleça um sistema de monitoramento para acompanhar o progresso em relação às metas e indicadores estabelecidos.

Consequentemente, serão incluídas cláusulas contratuais com ações voltadas para a resiliência das infraestruturas e outros temas ambientais. Além disso, um conjunto de estratégias para abordar esses temas deverá ser apresentado à ANTT dentro de 60 dias após o início da execução dos serviços e, posteriormente, anualmente.

George Santoro, secretário-executivo dos Transportes, informou que o Ministério está explorando outras alternativas em conjunto com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mas está enfrentando restrições financeiras. Ao mesmo tempo, o aumento dos gastos com medidas emergenciais para lidar com eventos climáticos extremos preocupa o governo federal.

Em 2021, o Ministério de Infraestrutura gastou um total de R$ 250 milhões como resultado de eventos climáticos extremos. Já em 2022, esse valor chegou perto de R$ 800 milhões, e no ano passado, ficou próximo de R$ 1 bilhão. Nos primeiros quatro meses de 2024, a cifra já ultrapassou R$ 800 bilhões.

Neste momento, as equipes técnicas do Ministério, do DNIT e das concessionárias do sistema federal de rodovias estão trabalhando para mitigar os impactos das chuvas nas infraestruturas da região e nas pessoas que dependem delas, especialmente no Rio Grande do Sul. Uma ponte da BR-386, que conecta o Rio Grande do Sul a Santa Catarina, ficou submersa e corre o risco de colapso na região de Lajeado, no Vale do Taquari. As tempestades no estado causaram o bloqueio total ou parcial de 48 trechos de rodovias federais.

 

mananotiniasmt

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