‘Não teremos capacidade de fazer todos os resgates’, diz Eduardo Leite após enchentes
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou que as fortes chuvas que têm atingido as cidades gaúchas nos últimos dias devem resultar no “maior desastre” já enfrentado pelo Estado. Ele afirmou que a capacidade de realizar todos os resgates será limitada e que a previsão é que as fortes chuvas continuem a afetar os municípios do Estado, especialmente os localizados na região central, até o fim desta semana. Até o momento, ao menos dez pessoas morreram no Rio Grande do Sul, e outras 21 estão desaparecidas, mobilizando o governo e as prefeituras. A previsão é que os temporais avancem também para Santa Catarina nos próximos dias.
O governador comparou as chuvas no Estado a um cenário de guerra e solicitou a participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação desse momento crítico. Ele também anunciou ter entrado em contato com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar do apoio do governo federal. Além disso, governos de Estados como Santa Catarina e São Paulo, e a Força Aérea Brasileira (FAB), enviaram equipes para auxiliar nas buscas e no atendimento aos afetados.
O estado de calamidade pública foi decretado no Rio Grande do Sul após as fortes chuvas que atingiram diferentes cidades desde 24 de abril, e o governador afirmou que os fortes temporais deste ano estão não só causando estragos, como dificultando a realização dos resgates dos desaparecidos. Segundo a Defesa Civil do Estado, ao menos 114 municípios foram afetados pelas consequências das chuvas até o momento, com mais de 19 mil pessoas afetadas e mais de 4,3 mil pessoas fora de suas casas. O balanço da gestão estadual aponta que o volume de chuvas já superou os 400 milímetros em algumas regiões.
Para lidar com a situação, o governador destacou a importância de adotar medidas preventivas, como permanecer em casa, evitar atravessar áreas alagadas ou inundadas, desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia, prestar auxílio a pessoas vulneráveis, procurar a Defesa Civil da cidade para saber quais as medidas devem ser adotadas, e em caso de emergência, ligar para a Brigada Militar, Defesa Civil ou o Corpo de Bombeiros Militar.
A situação é considerada crítica, especialmente na região central do Estado, no Vale dos Sinos e na região metropolitana de Porto Alegre, e o alerta vale principalmente para os moradores dessas regiões.