Sema analisa qualidade da água de 11 praias do Médio Teles Pires; oito estão próprias para banho

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) avaliou a qualidade da água em 11 praias do Médio Teles Pires. Destas, oito foram consideradas adequadas para banho. As análises ocorreram em locais de Matupá, Guarantã do Norte, Colíder e Peixoto de Azevedo.

Essa avaliação faz parte da campanha de balneabilidade, que verifica a qualidade da água dos rios para recreação primária, ou seja, o contato direto e prolongado com a água, classificando as praias como próprias ou impróprias.

As análises foram solicitadas pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Médio Teles Pires (CBH) e realizadas em colaboração com a Sema. As amostras foram coletadas pelo CBH e analisadas pela equipe técnica do Laboratório de Monitoramento da Água e do Ar.

Em Matupá, foram analisados o Lago 01, a Captação do Rio Peixoto, a Ponte Peixotinho – Rio Peixotinho I e a Cachoeirinha E-60 – Rio Peixotinho, todas classificadas como excelentes e adequadas para banho.

Em Guarantã do Norte, os Balneários do Cláudio e Stregue estão próprios para banho, com o primeiro sendo classificado como excelente e o segundo como muito bom. Já o Balneário Cachoeirinha foi considerado impróprio.

Em Colíder, a Cachoeira da Família e o Balneário Lagoa Azul estão adequados para banho, ambos com classificação excelente, enquanto a cachoeira Mercúrio foi considerada imprópria.

No município de Peixoto de Azevedo, a única praia avaliada foi a Cachoeira da Onze, que está imprópria para banho, de acordo com os parâmetros analisados.

As três praias classificadas como impróprias para recreação estão localizadas nos Rios Braço Sul, em Guarantã do Norte, Rio do Meio, em Colíder, e Rio Peixoto de Azevedo, em Peixoto de Azevedo, todas com níveis de Escherichia coli acima do limite permitido. Essa classificação segue as normas da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 274/2000.

As oito praias consideradas próprias para banho estão no Rio Jordão, Afluente da Margem Esquerda do Rio Parado, Rio Braço Norte, Lago Matupá, e Rio Peixoto de Azevedo (em Matupá), além do Rio Peixotinho Primeiro.

Campanha de Balneabilidade 2024

A campanha é realizada anualmente em várias regiões do estado. A Sema, por meio do Laboratório de Monitoramento da Água e do Ar, analisa a água em praias mais visitadas e classifica como própria ou imprópria para banho.

O uso recreativo da água é comum, especialmente em rios próximos às cidades, onde surgem praias durante a seca. Por isso, é importante conhecer a qualidade da água para garantir a conservação dos recursos hídricos e a saúde da população.

A campanha de balneabilidade inicia-se no período seco, quando as temperaturas aumentam, a vazão dos rios diminui, as praias fluviais surgem e o número de banhistas cresce. As primeiras análises são feitas em junho.

Orientações da Sema

A Sema recomenda que a população evite a recreação de contato primário (balneabilidade) em locais classificados como impróprios, evite o banho após chuvas intensas e não ingira água de tais locais sem tratamento, especialmente em relação a crianças e idosos.

A população pode informar à Secretaria sobre eventos ou situações que possam levantar dúvidas sobre a balneabilidade de qualquer recurso hídrico usado para recreação, para que a Sema, se necessário, tome medidas para novas avaliações.

Como é feita a análise

A metodologia de coleta de balneabilidade é descrita na Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Consiste em amostragens realizadas durante 5 semanas consecutivas, coletando amostras de água em locais utilizados para recreação de contato primário (balneabilidade) na área onde é possível atingir a isóbata de 1 metro.

As amostras são analisadas quanto à microbiologia e o pH. Elas são acondicionadas em caixas térmicas e enviadas para o Laboratório da Sema em Cuiabá, onde são processadas. Esse procedimento se repete uma vez por semana durante 5 semanas.

Ao final, técnicos da Sema emitem um boletim informando se a praia está própria (excelente, muito boa ou satisfatória) ou imprópria para banho.

Tanto a análise quanto a classificação de balneabilidade são essenciais. Ao verificar a presença de esgoto sanitário, fezes de animais ou microrganismos patogênicos próximos aos rios, é possível evitar doenças como poliomielite, cólera, hepatite, febre tifóide, gastroenterite e problemas de pele, entre outros. Assim, é possível garantir a conservação dos recursos hídricos e proteger a saúde da população.