“Um guri com 15 anos que sabe matar não tem que tomar uns tapas?”, questiona senador
Conteúdo/ODOC – O senador Jayme Campos (UB) teceu duras críticas a respeito da acusação de violência policial denunciada por um dos suspeitos de matar os três motoristas de aplicativo. Para o parlamentar, criminosos “tem que tomar porrada, pancada”, justificando à gravidade dos homicídios cometidos.
Lucas Ferreira da Silva, de 21 anos, disse em audiência de custódia que levou “vários tapas na cara” quando na delegacia de polícia quando foi preso no último dia 15 de abril. A polícia nega o fato, mas o caso vai ser apurado pela Corregedoria da Polícia Civil.
“O promotor de Justiça perguntou se um deles tomou uns tapas na cara. Como não tem que tomar? Tem que tomar é pancada, é porrada. Um guri com 15 anos que sabe matar gente com faca de serrinha não tem que tomar uns tapas?”, disse.
Lucas e outros dois menores – de 15 e 17 anos – confessaram ter roubado e assassinado os motoristas identificados como, Elizeu Rosa Coelho, de 58 anos, Marcio Rogerio Carneiro, de 34, e Nilson Nogueira, de 42 anos.
O primeiro homicídio aconteceu na quinta-feira (11), eles agiram novamente, da mesma maneira. Após chamarem uma corrida que partiu de Várzea Grande, o assalto foi anunciado no caminho, e Lucas passou a dirigir o carro. O trio decidiu matar Elizeu Rosa Coelho, de 58 anos, ao chegar em uma região de mata na cidade.
O assassinato da segunda vítima foi no sábado (13), dessa vez em Cuiabá. O trio repetiu a forma de agir e, segundo Lucas, o motorista implorou por sua vida ao ser colocado no banco de trás do carro durante o anúncio de assalto. A vítima desta vez foi o motorista Nilson Nogueira, de 42 anos. A irmã dele informou à polícia que ele desapareceu no sábado.
Já no domingo (14), o trio chamou outro motorista de aplicativo, Márcio Rogério, de 34 anos. Na data, ele foi dado como desaparecido pela família, segundo a polícia. Lucas relatou no depoimento que a vítima foi morta com pauladas na cabeça pelos adolescentes, em uma região de mata. Depois, o corpo foi abandonado.
O delegado responsável Nilson Farias, que está a frente das investigações afirmou que os suspeitos agiam como ‘serial killers’ e tinham como objetivo matar um por dia.
Lucas passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. Já sobre os outros dois adolescentes, a Justiça determinou a internação.